O dirham dos Emirados Árabes Unidos não será "desatado" do dólar

Os Emirados Árabes Unidos não planejam abandonar o apego do dirham do emirado ao dólar. O sultão Nasser al-Suweidi, governador do Banco Central do país, confirmou a intenção de Abu Dhabi de "manter o vínculo da moeda nacional do Emirado com o dólar". "O dólar ainda subirá, não é aconselhável abandoná-lo", enfatizou Al-Suweidi. Ele rejeitou a recomendação do ex-presidente do Federal Reserve dos EUA, Alan Greenspan, dos Emirados Árabes Unidos e de outros países da região do Golfo Pérsico de introduzir uma taxa de câmbio flutuante das moedas nacionais da região em relação ao dólar. "Teoricamente, isso é possível, mas, na prática, levará a grandes complicações", disse al-Suwadi. A opinião do gerente do Banco Central dos Emirados Árabes Unidos é compartilhada por muitos economistas árabes. Especialistas "excluem a introdução pelos Emirados Árabes Unidos e outros países árabes de uma taxa de câmbio flutuante das moedas nacionais".

O Dirham dos Emirados está vinculado ao dólar americano há mais de 30 anos, e a relação de preço aceita entre eles não mudou desde o final dos anos 80, embora o valor real do dólar em relação ao dirham tenha caído cerca de 8% nesse período.

A depreciação do dólar norte-americano leva ao aumento da inflação nos países árabes. Em 2007, segundo a imprensa local, a inflação no Catar atingiu 13%, nos Emirados Árabes Unidos - 9,3%, na Arábia Saudita - 7%.

Especialistas árabes acreditam que a inflação nos países da região é de apenas 40% causada pela depreciação do dólar. O restante é devido a fatores internos, em particular, um aumento no aluguel de instalações, preços de bens de consumo e o custo dos serviços de transporte.